8 de abr. de 2010

Curiosidades sobre Street Fighter

Nesse (imenso) post coloco várias curiosidades sobre o game, desde o primeirão (um que muita gente nem sabe que existe) até personagens e fatos sobre o game, levou bastante tempo pra fazer, então, senta aí, relaxa e leia tudo... XD



Ryu e Ken




Como um resquício da era beat ‘em up e de seus ancestrais, Street Fighter tinha apenas dois protagonistas selecionáveis: Ryu para o “Player 1” e Ken para o “Player 2”. E o máximo que podia ser feito era P1 e P2 brigarem entre si usando seus respectivos personagens, o que não fazia toda essa diferença, já que ambos eram idênticos, tirando detalhes gráficos. Todos os outros personagens só podiam ser usados pela máquina.


"Não é o melhor mas é o primeiro de uma grande saga."


O jogo se passava em cinco países, cada um com dois oponentes, totalizando dez lutadores. Eram eles: Retsu e Geki no Japão; Joe e Mike nos EUA; Lee e Gen na China; Birdie e Eagle na Inglaterra; Adon e Sagat na Tailândia. Apesar de alguns deles não terem voltado à série, muitos continuaram participando da história, como Retsu, que é um amigo do mestre de Ryu e Ken; e Lee, que é avô de Yun e Yang, personagens de Street Fighter III. Além disso, tirando Ryu, Ken e Sagat, nenhum voltou para a continuação direta, Street Fighter II: The World Warrior.

Apesar da fraca recepção, Street Fighter chegou a ganhar uma conversão para TurboGrafx-CD.Originalmente o primeiro jogo da série Final Fight se chamaria Street Fighter ’89, mas devido à drástica mudança na jogabilidade o nome foi alterado.

Os estágios de bônus existiam desde o primeiro jogo da série. Aqui eles ocorriam antes de cada viagem para outro país e tinham dois formatos: acertar placas de madeira seguradas por outros lutadores ou quebrar telhas apertando o botão na hora certa.

Ryu e Ken usavam sapatilhas da mesma cor de suas luvas. Ao contrário do que é amplamente divulgado, o estilo de caratê de Ryu e Ken não é Shotokan, mas sim Ansatsuken.


Street Fighter II

Ryu


Ryu usava uma faixa branca na cabeça no primeiro jogo, mas em Street Fighter II ele passou a usar uma faixa vermelha. Essa mudança foi explicada num dos jogos da série Street Fighter Alpha/Zero (inspirado pelo primeiro filme animado), quando Ken, em um dos finais de Ryu, dá ao amigo japonês a faixa vermelha que ele própria usa para prender seu cabelo.

Sagat

Sagat não tinha sua famosa cicatriz no primeiro jogo, pois ela foi feita por Ryu, ao desferir um Shoryuken nele na luta final de Street Fighter, quando Sagat era o último chefe. Já seu tapa-olho, que ele tem desde o primeiro jogo, foi devido a um golpe do pai de Dan, Go Hibiki, assassinado por Sagat.
Todo mundo já esta cansado de saber, mas não custa repetir: os chefes de Street Fighter II tiveram seus nomes trocados pela localização americana, por medo de levar um processo do boxeador Mike Tyson, uma vez que o boxeador Mike Bison era uma clara homenagem (ou paródia) a ele. Com isso, Mike Bison virou Balrog, o ninja espanhol de Balrog passou a se chamar Vega e o chefe final, que era o Vega original, teve o nome mudado para M. Bison (o que gerou diversas interpretações para o M., de Master e Mister a outras loucuras).

Outros nomes também sofreram com a localização americana: Gouken, o mestre de Ryu e Ken, passou para Shen Long (devido a um erro de tradução na frase de vitória de Ryu, na qual ele desafiava o oponente a vencer seu Shoryuken, que erradamente foi traduzido como Shen Long e deu a interpretação de que seria uma pessoa); o irmão de Gouken, Gouki, que virou Akuma (Akuma é um dos tipos de demônios japoneses); e o amigo morto de Guile, que de Nash passou pra Charlie, americanização de Carlos Blanka.
Outro erro de tradução está no nome da organização criminosa liderada por M. Bison/Veja: Shadowlaw (algo como lei das sombras) acabou virando Shadaloo.

E já que está se falando dos podres da localização americana… Como nessa época ainda não era comum a história do jogo ser bem divulgada, muitos dos elementos de background que não são citados abertamente receberam grandes mudanças por parte da localização, que sem informação da sede japonesa inventou todo a sorte de explicações. Por exemplo: Guile seria capaz de soltar o Sonic Boom após sofrer um acidente com um caça experimental, e Blanka seria na verdade Carlos Blanka, um brasileiro amigo de Guile no exército norte-americano que teria sido preso pela organização criminosa de Bison e transformado naquele homem-fera. Muitos desses fatos foram aproveitados pelo filme de 1994, com Van Damme no papel principal. Não é à toa que o filme foi horrível: até hoje é difícil aceitar Guile como protagonista e Ryu e Ken como uma dupla de trambiqueiros.

Os lutadores de Street Fighter II: Ryu (Japão), Ken (EUA), Chun-li (China), Guile (EUA), Blanka (Brasil), E. Honda (Japão), Dhalsim (India) e Zangief (a antiga União Soviética), são os oito originais; Balrog/M. Bison (EUA), Vega/Balrog (Espanha), Sagat (Tailândia) e Vega/M. Bison (Tailândia), são os quatro chefes; Cammy (Inglaterra, mas no mapa-múndi do jogo erroneamente aparecia a bandeira do Reino Unido), T. Hawk (México), Dee Jay (Jamaica) e Fei Long (Hong Kong), são os quatro novos de Super Street Fighter II; Akuma/Gouki, é o personagem secreto em Super Street Fighter II Turbo.
Tanto o primeiro Street Fighter quanto a continuação e alguns de seus “updates” foram feitos para arcade na placa CPS-1. Super Street Fighter II foi o jogo de estréia da placa CPS-2.

Devido à qualidade do áudio da CPS-1 ainda ser bem primitiva (mesmo a máquina sendo uma das melhores da época), as vozes eram muito enroladas e abafadas, o que dava inúmeras interpretações aos nomes dos golpes, não apenas no Brasil, mas no mundo todo. A mais famosa delas em terras tupiniquins (que dá o nome a uma comunidade no orkut que justamente discute sobre “interpretações” em português de nomes de golpes famosos) é o Tiger Uppercut, de Sagat, que virou Tiger Robocop. Além dela temos outras como: Hamburger (Hadouken), Ataque das Pulgas ou Ataque das Corujas (Tatsumaki Sempuu Kyaku), Alexis-Full (Sonic Boom), Cuz-cuz (Headbutt), Macumba Vai (Yoga Fire) e Macumba Vem (Yoga Flame).
Além dos nomes dos golpes trocados, personagens e golpes não pronunciados receberam todo o tipo de apelido, como Bola Oito para o Honda, Macumba para o Dhalsim, Mestre Bison para o M. Bison ou Gilete para o Sommersault Kick, do Guile.


Também graças às suas inúmeras versões “hackeadas”, à propaganda boca a boca e até (pasmem) a uma brincadeira de 1º de abril da EGM norte-americana, diversos boatos surgiram sobre os vários jogos da série, em especial Street Fighter II e suas atualizações. Tinha golpe secreto de Chun-Li no qual ela jogava as pulseiras no oponente, Honda que pulava dentro da banheira do próprio cenário, Balrog/Vega que subia nos elefantes do cenário do Dhalsim, e o chefe secreto Shen Long, que era praticamente impossível de enfrentar dadas as condições para lutar contra ele (interessante que requisitos bem parecidos foram usados mais tarde pela Capcom para enfrentar Akuma/Gouki).
Em Super Street Fighter II Turbo os estágios de bônus saíram do jogo. Eles só voltaram em Street Fighter III.




Você sempre se perguntou quem eram o louro e o negro que apareciam lutando na abertura original de Street Fighter II? Eles eram Joe e Mike, respectivamente, ambos os oponentes dos Estados Unidos no primeiro Street Fighter. Essa abertura só foi substituída em Super Street Fighter II, com uma belíssima animação na qual o Ryu preparava um Hadouken.
A garra de Vega/Balrog caía quando ele levava muitos golpes em seqüência.

Mesmo com a maioria dos personagens de Street Fighter de fora, muitos dos personagens de Street Fighter II são “evoluções”. Vega/Balrog lembra um pouco o ninja Geki, Mike e Balrog/M. Bison são negros boxeadores e Birdie era um personagem parecido com Zangief em termos de movimentos especiais.



No final de Zangief aparecia o líder da União Soviética da época (Mikhail Gorbachev) caricaturado. Detalhe: antes do fim do ano de 1991, após uma série de crises internas, Gorbachev deixou o governo, dando lugar para Yeltsin e o fim da União Soviética. Mas em todas as versões se Street Fighter II e Alpha/Zero Zangief é creditado como sendo da União Soviética (provavelmente os jogos devem se passar antes da queda da União Soviética, ou talvez no mundo de Street Fighter ela nunca tenha entrado em colapso). Depois da saída de Gorbachev, nos finais de Zangief ele era chamado de “Mr. Ex-President”.

Curiosidades gerais sobre Street Fighter




O personagem Dan, que apareceu pela primeira vez em Street Fighter Alpha: Warriors’ Dreams, é uma piada do personagem principal do mais famoso clone de Street Fighter: Art of Fighting, da SNK. Ryo, o protagonista de Art of Fighting, usava um quimono laranja e tinha golpes idênticos aos de Ryu, além de ter um amigo e rival treinado no mesmo estilo marcial e que era um playboy (seguindo o exemplo de Ken), chamado Robert. Além disso, Art of Fighting apresentava muitos personagens com golpes e estilo bem similares aos personagens de Street Fighter II. A piada em Dan estava no fato de que ele só sabia provocar. Sua magia, o Gadouken, mal conseguia chegar à metade da tela, e apenas um de cada quatro Koryuken seus eram invencíveis como o Shoryuken original.

Akuma/Gouki apareceu como personagem secreto em outros dois jogos da Capcom. Em X-Men ele aparecia ainda com seu sprite de Super Street Fighter II Turbo, mas já com seus movimentos exagerados como os personagens da Capcom iriam ter nos crossovers com a Marvel. A outra aparição foi em Cyberbots: Full Metal Madness, jogo de luta de robôs gigantes. Havia um robô secreto com a aparência e os golpes de Akuma.

Sakura apareceu como personagem secreta em Rival Schools, o jogo de luta entre escolas da Capcom também ligado ao universo de Street Fighter. A lutadora defendia sua própria escola.
Street Fighter Alpha: Warriors’ Dreams também foi o primeiro jogo de Street Fighter a mostrar que o universo dele e de Final Fight estavam interligados, com a inclusão do personagem Guy. Apareceriam também na série Sodom, Rolento e Cody. Em Street Fighter III: 2nd Impact, um dos membros da família Andore, Hugo, apareceria acompanhado de Poison. E Maki, personagem de Final Fight 2, apareceu em Capcom VS SNK 2, sendo inclusa nos remakes de Street Fighter Alpha/Zero 3 para Game Boy Advance e PSP.



Vários personagens do primeiro Street Fighter voltaram na série Street Fighter Alpha/Zero. O punk inglês Birdie; o mestre de kung fu chinês Gen; e Adon, o discípulo de Sagat. Eagle, o lutador inglês que usava dois bastões, retornou em Capcom VS SNK 2, e junto de Maki e Yun entrou nos remakes de Street Fighter Alpha/Zero 3 para Game Boy Advance e PSP. A lutadora Ingrid, única personagem original em Capcom Fighting Jam, foi adicionada como exclusividade na versão de PSP de SF Alpha/Zero 3, chamada nos EUA de Street Fighter Alpha 3 MAX (Street Fighter Zero 3 Double Upper no Japão, devido ao remake de Game Boy Color lançado somente lá ter se chamado Street Fighter Zero 3 Upper).



A personagem Karin, que estreou nos jogos em Street Fighter Alpha/Zero 3, vem de um mangá japonês que focava a Sakura, sua rival. Devido ao desenhista do mangá Masahiko Nakahira ter trabalhado como character designer em Street Fighter Alpha/Zero 3 e ao sucesso que Karin fez no mangá, ele a incluiu no universo oficial de Street Figher Alpha/Zero.
Em Capcom VS SNK, as artworks foram feitas usando o estilo da outra companhia. No caso dos personagens da SNK, Kyo, Iori e Mai receberam artworks no estilo de Street Fighter III, enquanto Ryu, Ken e Chun-Li ficaram com um visual realista típico da série The King of Fighters da SNK.

A versão caseira de Street Fighter Alpha/Zero 3 reuniu todos os personagens que participaram de Super Street Fighter II Turbo.
Originalmente, Street Fighter Alpha iria se chamar Street Fighter Legends nos EUA.
Quando atingido muitas vezes na série Street Fighter EX, o cordão de contas que Gouki usa em torno do pescoço se partia.
O agarrão com chute de M.Bison/Vega e a finalização do seu super especial Knee Press Nightmare em Capcom VS SNK tinham animações que copiavam o movimento do mesmo personagem na série Street Fighter EX.
Além da garra, em sua versão de Street Fighter Alpha/Zero 3 o personagem Vega/Balrog perdia também a máscara quando atingido muitas vezes seguidas no rosto.

Street Fighter Alpha/Zero 3 apresentou um sistema no qual o jogador podia escolher um estilo de barra de especial que modificava toda a jogabilidade de um personagem. Eram elas: X-ISM (similar ao estilo de Super Street Fighter II Turbo, o X é devido ao nome japonês do jogo), sem várias novidades da série Alpha/Zero, como bloqueio aéreo, barra de especial de único nível que permitia usar apenas o super especial no seu nível máximo, aumento do dano causado e recebido pelo personagem e algumas mudanças gráficas para simular uma “versão antiga” do personagem, como Chun-Li que aparecia com sua roupa do Street Fighter II ou Sodom que trocava seus sais por katanas, similar à sua aparição em Final Fight 2; A-ISM (Z-ISM no Japão), seguindo o estilo tradicional da série Alpha/Zero de três níveis de barra e tirando apenas o Custom Combo; V-ISM trazia a mesma jogabilidade da A-ISM, só que sem super especiais, mais rápida mas com menos dano e com apenas dois níveis de barra, mas com a possibilidade de usar o Custom Combo e montar seu próprio Super Especial.
Esse mesmo sistema de estilos foi usado em Capcom VS SNK 2, só que com o nome de Grooves e, além de conter os três estilos da Capcom, tinha outros três da SNK simulando os estilos Advance e Extra de The King of Fighters e a barra de raiva de Samurai Showdown.

Street Fighter III




O protagonista de Street Fighter III é o lutador de rua e ex-campeão de luta livre, o americano Alex.
Os lutadores de Street Fighter III: Alex, Duddley, Elena, Ibuki, Ken, Necro, Oro, Ryu, Sean, Yang, Yun e Gill, em The New Generation; Akuma/Gouki, Hugo e Urien foram introduzidos em 2nd Impact e Chun-li, Makoto, Q, Remy e Twelve apareceram em 3rd Strike.



Apesar de muitos personagens não terem retornado, muitos dos novos são versões modificadas de personagens anteriores, assim como foi feito com Street Fighter e Street Fighter II. Dudley é um boxeador como Balrog/M.Bison, Alex segue o estilo de Zangief, mas com um pouco mais de velocidade, Necro se estica como Dhalsim e Remy tinha movimentos idênticos aos de Guile, inclusive nos comandos para usá-los.



Os irmãos Yun e Yang eram selecionados com botões diferentes, mas eram idênticos em Street Fighter III: The New Generation. Em 2nd Impact eles foram separados em dois personagens diferentes.



Poison, agente de lutas de Hugo e parte de uma das muitas gangues da série Final Fight, é um travesti.

Q é selecionável em Street Fighter III: 3rd Strike, mas para enfrentá-lo com a máquina era necessário obter as condições necessárias, como se ele fosse um personagem secreto.
Akuma/Gouki era secreto em Street Fighter III: 2nd Impact, e apenas a máquina podia usar sua versão “Shin” (verdadeira), com Hadouken duplo aéreo, golpes mais fortes e fáceis de emendar e Shun Goku Satsu, que tira 75% da barra de life. Mas em 3rd Strike ele se tornou personagem selecionável e sua versão secreta exclusiva da máquina deixou de existir.



Havia a idéia de usar um brasileiro lutador de capoeira em Street Fighter III, chamado Marcelo Madureira. Mas no final das contas a capoeirista foi a princesa africana Elena – o brasileiro no jogo é Sean, discípulo de Ken.
Durante o desenvolvimento de Street Fighter III, parte da equipe de produção do jogo veio ao Brasil estudar a capoeira. A floresta amazônica ainda marca presença num dos cenários do jogo, mas não ficou claro até hoje a localização exata da floresta (lembrando que a floresta amazônica vai muito além do território brasileiro).



Oro parece não ter um braço, mas na verdade ele simplesmente não o usa, pois usar dois braços pode significar a morte acidental de seu oponente devido aos poderes de sua técnica serem tão fortes.



O Super Art X-Copy de Twelve permite se transformar em qualquer personagem do jogo que esteja sendo enfrentado, inclusive o último chefe Gill.
Similar à brincadeira de 1º de abril da EGM norte-americana, novamente diversos boatos foram inventados sobre a possibilidade de enfrentar Gouken em Street Fighter III. É claro que era tudo mentira.

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